quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Marcha das Vadias

A primeira Marcha das Vadias no Brasil ocorreu em São Paulo, em 4 de junho de 2011, organizada pela publicitária curitibana Madô Lopez, e a escritora paraguaia Solange De-Ré. Após o anúncio do evento com a criação de uma página no Facebook, mais de 6 mil pessoas confirmaram presença. No entanto, diferentemente das versões em outros países, somente cerca de 300 pessoas compareceram, de acordo com a contagem da Polícia Militar.8 Neste mesmo ano, iniciou-se a manifestação em Recife, Belo Horizonte, Brasília e Itabuna e em 2012, no dia 29 de junho, ocorreu a 1ª Marcha das Vadias na cidade de Teresina. No dia 28 de julho de 2012, aconteceu a primeira marcha em São José do Rio Preto, SP.7 . A última marcha foi em Brasília no dia 21 de junho 2013, e reuniu mais de 3 mil pessoas. De acordo com a antropóloga Julia Zamboni, o movimento é feito por feministas que buscam a igualdade de gênero. "Ser chamada de vadia é uma condição machista.9 Os homens dizem que a gente é vadia quando dizemos sim para eles e também quando dizemos não", afirmou. "A gente é vadia porque a gente é livre", destacou.9 No Brasil, a marcha também chama atenção para o número de estupros ocorridos no país. Por ano, cerca de 15 mil mulheres são estupradas.


Marcha das Vadias no Rio de Janeiro
A Marcha das Vadias, evento de luta pelos direitos da mulher, reuniu hoje (9) na orla de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, cerca de 300 pessoas, segundo a Polícia Militar (PM). Muitos manifestantes seguravam cartazes com palavras de ordem contra a violência sexual e de gênero e em defesa de direitos como ao parto humanizado, ao aborto e aos direitos sexuais.
O casal Ana Brumana e Thiago Queiroz foi à marcha pela primeira vez, levando o filho de 1 ano e 7 meses. "Viemos muito motivados pela temática meu corpo, minhas regras. A gente lutou muito pelo parto dele, que foi em casa, foi lindo. Essa é uma luta para a gente", contou Ana.
Cantando e tocando tambores improvisados com latas de tinta, os manifestantes caminharam cerca de 3 quilômetros pela orla.
Muitos homens que participaram da marcha usavam batom, saias e vestidos. O produtor cultural Felipe Gonçalves foi ao protesto pelo segundo ano consecutivo. "O movimento feminista tem crescido muito no Brasil, mas ainda está atrás de alguns movimentos como o movimento negro", opinou ele. "Muitas mulheres, como minha mãe, ainda não se veem no direito de manifestar, não se sentem pertencentes a movimentos como este, que é genial", comentou.


Movimento Feminista no Vaticano

Feministas protestam em topless no Vaticano contra a homofobia











Quatro ucranianas do grupo feminista Femen protestaram neste domingo em topless na Praça de São Pedro contra a oposição do Vaticano ao casamento gay. As manifestantes foram retiradas do local pela polícia, no momento em que o Papa Bento XVI fazia a tradicional oração de domingo perante dezenas de milhares de católicos que se aglomeravam na praça. As mulheres ficaram despidas na praça e tinham escrito no peito e nas costas a frase “In gay we trust” ("Confiamos nos gays") e "Shut up" ("Calem-se"), enquanto gritavam “Calem-se homofóbicos”. O protesto não foi bem recebido pela multidão e houve mesmo uma mulher que tentou bater nas manifestantes com um chapéu-de-chuva, enquanto lhes chamava “diabólicas”. O protesto coincidiu com a marcha organizada na tarde deste domingo em Paris, França, contra o projecto do Presidente francês para legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo e permitir-lhes a adopção de crianças. Esta manifestação em Paris teve o apoio explícito da Igreja Católica e dos partidos mais à direita, mas o Governo francês insiste em alterar a lei em vigor e permitir o “casamento para todos”. Neste domingo, a Igreja Católica sublinhou a sua oposição à adopção de crianças por homossexuais. No jornal do Vaticano L’Osservatore Romano foi publicado um editorial que critica um tribunal italiano por rejeitar o pedido de um pai que disse temer que o seu filho não fosse ter uma educação adequada se fosse morar com a mãe e a companheira. O tribunal considerou que era “um mero preconceito” pensar que viver com um casal homossexual poderia ser prejudicial para o desenvolvimento de uma criança. "O ser humano é o masculino e o feminino... a família monogâmica é o local ideal para aprender o significado das relações humanas e é o ambiente onde a melhor forma de crescimento é possível", lê-se no editorial assinado por Adriano Pessina, director de Bioética da Universidade Católica do Sagrado Coração.

O inícios dos movimentos feministas no Brasil

Quase 150 anos separam o dia de hoje do dia em que 129 operárias morreram em uma greve nos Estados Unidos. Em 8 de março de 1857, patrões e policiais colocaram fogo na fábrica têxtil onde as mulheres estavam trancadas, após protestarem contra a jornada de trabalho de 16 horas e por melhores salários. Muita coisa mudou desde então, mas ainda há muito por fazer. Se no século 20 a mulher conquistou direitos importantes, como o direito a voto, ainda continua vítima preferencial da violência, discriminada e pouco representada.
As primeiras articulações de um movimento feminista começaram logo após a Revolução Francesa. Os principais objetivos eram o direito ao voto e à educação. No Brasil, até 1879, as mulheres eram proibidas de freqüentar cursos de nível superior e, durante boa parte do século 19, só poderiam ter educação fundamental. Mesmo com a legislação que permitia a instrução feminina, as mulheres tinham o acesso dificultado.

Direito ao voto - O direito ao voto mobilizou as mulheres durante boa parte da primeira metade do século 20. No Brasil, essa conquista aconteceu em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas. A Nova Zelândia foi o primeiro país a permitir que o voto feminino, em 1893. Na França, apesar de "igualdade" estar entre os lemas da Revolução Francesa, a mulher só conseguiu votar a partir de 1945, após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Porém as mulheres continuam subrepresentadas nos cargos públicos. As mulheres conquistaram prefeituras e governos estaduais importantes, como Luiza Erundina e Marta Suplicy na cidade de São Paulo, Ângela Amin em Florianópolis e Roseana Sarney no governo do Maranhão. Mas não ocupam nenhum ministério do governo e não chegam a 10% do total de deputados federais e senadores.

Guerra e indústria - A guerra também empurrou mais mulheres para o mercado de trabalho. Desde a Revolução Industrial, mulheres vinham ocupando postos em fábricas, além de exercer as profissões tipicamente femininas, como enfermagem e serviços domésticos. Como persiste até hoje, as diferenças brutais eram brutais nos salários de mulheres e homens.

Liberação sexual - Nos anos 50, o feminismo ganhou um novo aspecto: a contrução da identidade feminina e a liberação sexual. Em 1949, a escritora Simone de Beauvoir publicou O Segundo Sexo, que demolia o mito da "natureza feminina" e negava a existência de um "destino biológico feminino". Para a companheira de Jean-Paul Sartre, "a feminilidade não é uma essência nem uma natureza: é uma situação criada pelas civilazações a partir de certos dados fisiológicos".
O livro causou impacto imediato e provocou críticas não só dos conservadores - devido principalmente aos capítulos dedicados à sexualidade feminina -, mas também da esquerda. Simone de Beauvoir foi acusada de desviar o foco da questão principal, a luta de classes.

Pílula - A liberação da mulher ganhou novo impulso nos anos 60, com a criação da pílula anticoncepcional. A revolução sexual acompanhava outros acontecimentos da época, como a guerra do Vietnã e a ascensão do movimento estudantil. A pílula tirou um dos pretexto para a repressão sexual das mulheres, a gravidez indesejada, e se tornou o principal método contraceptivo. Depois de 40 anos de seu lançamento, é usada por cem milhões de mulheres em todo o mundo.

Minissaia - Outro sinal dos tempos viria em 1964, quando a inglesa Mary Quant escandalizou com uma saia dois palmos acima do joelho. O pedaço de pano de trinta centímetros rapidamente conquistou mulheres de todo o mundo e deu o impulso a novas musas, como a modelo Twiggy, que apesar de polêmicas eram mais simpáticas que as feministas clássicas, como Betty Friedman e Simone de Beauvoir. Em 1971, preenchendo a longa lista de tabus quebrados, a brasileira Leila Diniz apareceu de biquíni em uma praia carioca, exibindo uma grande barriga de gravidez.

A revolução nos costumes passaria a ocupar todos os fronts. As publicações e programas de televisão dirigidos ao público feminino se multiplicaram durante os anos 80 e a educação sexual começou a entrar nos currículos escolares. A própria estrutura familiar mudou. As mulheres, sem dependerem financeiramente do marido, passaram a adiar o casamento. As taxas de fecundidade caíram, ligadas à presença cada vez maior no mercado de trabalho.

Mais recentemente, uma nova arma foi incorporada ao arsenal da luta pelos direitos da mulher: a ação afirmativa. A determinação de cotas mínimas de mulheres em universidades e nos partidos, por exemplo, dividem opinião mesmo entre as feministas. Algumas vêem sinais de paternalismo nessa atitude, contra as que acreditam que é um meio legítimo de corrigir injustiças históricas.
As mudanças do último século foram absorvidas de tal forma que muitas pessoas acreditam que a mulher já conquistou a ambicionada "igualdade". Porém, novas formas de preconceito e violências antigas continuam existindo. Com grande parte da guerra vencida, a mulher entra no século 21 preparada para mais uma batalha.

O que o movimento feminista defende?



Aí está uma pergunta em que cabem as mais variadas respostas. Mas a pergunta é importante e muito bem-vinda, especialmente para quem deseja entender melhor do que se trata, afinal, o feminismo. Se você está entre essas pessoas, espero que continue a leitura!
Eu poderia fazer um texto expondo as pautas feministas de um modo geral, mas isso não me cabe; há várias correntes dentro do feminismo, com pensamentos e posicionamentos distintos. Não há “o” feminismo, mas vários feminismos.
Claro, não posso falar por todas as feministas. Somos um movimento diverso e em constante construção. Mas posso, ao menos, falar sobre o feminismo que tento construir diariamente, baseada em tudo que já ouvi, aprendi e continuo aprendendo com tantas feministas que admiro. Mulheres são pessoas. Portanto, merecem direitos iguais;
- Mulheres devem ganhar salários iguais aos dos homens no desempenho da mesma função;
- Mulheres não devem ser discriminadas no mercado de trabalho e suas oportunidades não devem ser limitadas aos papéis de gênero que a sociedade impõe sobre elas;
- Não é obrigação da mulher cuidar da casa, dos filhos e do marido. Os afazeres domésticos e cuidado com as crianças devem ser de igual responsabilidade para homens e mulheres;
- Nenhuma mulher é uma propriedade. Nenhum homem tem o direito de agredir fisicamente ou verbalmente uma mulher, ou ainda determinar o que ela pode ou não fazer;
- O corpo da mulher é de direito somente da mulher. A ela cabe viver a sua sexualidade como bem entender, decidir como vai dispor de seu corpo e da sua imagem, com quem ou como vai se relacionar;
- Qualquer ato sexual sem consentimento é estupro. Nenhum homem tem o direito de dispor sexualmente de uma mulher contra a vontade dela;
- Nunca é culpa da vítima;
- Assédio de rua é uma violência. A mulher tem o direito ao espaço público (e também ao transporte público) sem ser constrangida, humilhada, ameaçada e intimidada por assediadores;- A representação da mulher na mídia não pode nos reduzir a estereótipos que nos desumanizam e ajudam a nos oprimir;
- Mulheres não são produtos. Não podem ser tratadas como mercadoria, isca para atrair homens, moeda de troca ou prêmio;
- A representação das mulheres deve contemplar toda a sua diversidade: somos negras, brancas, indígenas, transexuais, magras, gordas, heterossexuais, lésbicas, bi, com ou sem deficiências. Nenhuma de nós deve ser invisível na mídia, nas histórias e na cultura;
- A voz das mulheres precisa ser valorizada. A opinião das mulheres, suas vivências, ideias e histórias não podem ser descartadas ou consideradas menores pelo fato de serem mulheres;

Rebatendo Críticas ao Feminismo


Feminismo e Femismo


Frases das Famosas Feministas

As Famosas Feministas

 Beyoncé: “Precisamos mudar nossa percepção de como nos enxergamos. Temos que nos posicionar como mulheres e assumir a liderança.”

 Angelina Jolie: “É encorajador ouvir líderes homens discursando contra o estupro. Estupro não é um problema só das mulheres, é um problema de todos.”

Natalie Portman: “Um filme sobre mulheres fracas e vulneráveis também pode ser feminista se mostra uma pessoa real com quem podemos simpatizar.”

 Emma Watson: “A coisa mais triste que uma mulher pode fazer é rebaixar seu potencial por um homem.”

 Jennifer Lawrence: “Eu não queria que garotinhas pensassem: Oh, eu quero parecer a Katniss, então não vou jantar. Eu tentei mostrar um corpo saudável e forte. 


Quando os Movimentos Feministas Surgiram
  (A Liberdade guiando o povo (1830, Louvre, Paris) é uma das obras mais nitidamente românticas e célebres de Delacroix. A tela, comprada pelo governo francês, mas considerada excessivamente incitadora, só foi exposta em 1848.)

  É possível encontrar na historiografia dos séculos 15 e 18 o aparecimento de temas dedicados à denúncia da condição de opressão das mulheres, tendo como principais fatores a superioridade e a dominação imposta pelos homens.
  Porém, ainda não se pode atribuir aos mais variados escritos que surgiram nesse período o rótulo ou o conceito de "feminista". Por outro lado, os estudiosos do tema creditam ao contexto social e político da 
Revolução Francesa (1789) - e, portanto, do Iluminismo - o surgimento do feminismo moderno. O movimento ganhou fama nos Estados Unidos na década de 60 e se alastrou pelos países industrializados entre 1968 a 1977.

O Conceito de Feminismo

O Conceito de Feminismo

  

  Feminismo é um movimento socialfilosófico e político que tem como meta direitos iguais e uma vivência humana por meio do empoderamento feminino e da libertação de padrões opressores baseados em normas de gênero. Envolve diversos movimentos, teorias e filosofias, advogando pela igualdade entre homens e mulheres, além de envolver a campanha pelos direitos das mulheres e seus interesses. O feminismo alterou principalmente as perspectivas predominantes em diversas áreas da sociedade ocidental, que vão da cultura ao direito. As ativistas femininas fizeram campanhas pelos direitos legais das mulheres: direitos de contrato, direitos de propriedade, direitos ao voto, pelo direito da mulher à sua autonomia e à integridade de seu corpo, pelos direitos ao aborto e pelos direitos reprodutivos.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

CRIANÇA COM ETIQUETA


CARTUM - SOCIEDADE DE CONSUMO, CAPITALISMO SELVAGEM


tirinha da mafalda denunciando o merchandising das empresas na TV


cartum sobre a sociedade de consumo


Pós-modernidade e sociedade de consumo

  A Pós-modernidade, segundo o autor, é um conceito ainda pouco compreendido, em música seria observado através da síntese dos estilos clássico e “popular”, cujos produtos poderiam ser o rock new wave e opunk, por exemplo, uma espécie de reação aos dogmas da modernidade estabelecidos nas universidades, museus e galerias de arte, que quando de suas criações eram vistos como agressivos e subversivos, porém uma vez que tornaram-se “regras” passaram a chamar uma contraposição que as destruísse e as sobrepusesse por algo novo, novas categorias de gênero e de linguagem, para cada manifestação modernista deveria haver uma pós-modernista, dissolvendo fronteiras, distinguindo cultura erudita de cultura popular, esta última podendo ser chamada de cultura de massa com objetivos comerciais.
A época pós-moderna não apresenta apenas novos estilos artísticos, ela tem por função fazer emergir novos traços formais na vida cultural e social, e uma nova ordem econômica que, para o autor, tem início na nova fase do capitalismo a partir do crescimento econômico do pós-guerra nos Estados Unidos (década de 50), e é analisada sob dois traços: pastiche e esquizofrenia.
O pastiche envolve a adaptação de outros estilos, como por exemplo, maneirismos e tiques estilísticos, produzindo outros. Não é uma paródia que imita e simula o original a fim de ridicularizá-lo, o pastiche vai além, ele se contrapõe às normas linguísticas dos estilos modernistas. O autor questiona: “o que aconteceria se ninguém mais acreditasse na linguagem normal, na fala comum, na norma linguística?” E responde: “talvez a sociedade tenha começado a se fragmentar [...] cada grupo passando a falar uma curiosa linguagem privada própria [...] cada indivíduo passando a ser uma espécie de ilha linguística”. O pastiche não teria o impulso satírico da paródia, seria a paródia sem senso de humor.
O sujeito e o individualismo estariam mortos na pós-modernidade, em contrapartida com a estética da modernidade, organicamente vinculada ao eu singular e à identidade privada. Teóricos sociais, psicanalistas e linguistas contemporâneos têm observado esse tipo de individualismo e de identidade pessoal como coisa do passado, seriam eles ideológicos, enraizados na era clássica do capitalismo competitivo, no apogeu da família nuclear e na ascensão da burguesia como classe social hegemônica. O capitalismo corporativo de hoje, prevê o homem da organização, das burocracias empresariais e estatais, “hoje não mais existe o velho sujeito individual burguês”. O sujeito individual burguês nunca teria existido seria uma mistificação filosófica e cultural, persuadindo as pessoas de que elas eram singulares. Para Jameson não seria mais possível inventar novos estilos e mundos, pois todos já teriam sido inventados, a influência da tradição estética da modernidade estaria morta e seria como um pesadelo para os vivos. Portanto o pastiche, em um mundo sem possibilidades de inovação estilística limitar-se-ia a imitar estilos mortos: arte sobre arte de um novo modo, implicando a falência do novo e encarcerando o passado.
A esquizofrenia, o segundo traço básico da pós-modernidade, tem para o autor, relação com o tempo. Em Lacan, a esquizofrenia seria substancialmente a desordem da linguagem e esta, segundo o modelo lacaniano “é um modelo estruturalista ortodoxo”, porém no estruturalismo existe uma tendência “mitológica”: ninguém poderia falar sobre o “real” de forma objetiva e exterior, o estruturalismo negaria a velha concepção da linguagem como nomeação, envolvendo uma correspondência de cada significante com cada significado, nas frases não traduzimos uma a uma as palavras ou significantes com relação ao seu significado, lemos a frase inteira, resultando em uma significação global. “O significado é um efeito produzido pelo interrelacionamento das materialidades significantes”. A esquizofrenia seria um distúrbio do relacionamento entre significantes, de seu passado e de seu futuro, o indivíduo esquizofrênico não teria a sensação de continuidade temporal, vivendo um presente perpétuo, “a experiência da materialidade significante isolada, desconecta e descontínua”. O esquizofrênico não consegue reconhecer sua identidade pessoal.
Entretanto o esquizofrênico vivenciaria mais do que nós e com maior nitidez, ele “não só é ‘ninguém’ por não ter uma identidade pessoal, como seu desempenho é ‘nulo’, ele está sujeito a uma visão indiferenciada do mundo no presente [...] uma experiência que não é de modo algum agradável [...] o mundo surge com alta intensidade, é sentido aqui como perda, como ‘irrealidade’”. Quanto à temporalidade, é preciso desviar o foco da pós-modernidade das artes visuais para as artes temporais. O autor nos dá o exemplo da música de John Cage, que demonstra as possíveis sensações do esquizofrênico: frustração e desespero. Assim como o poema de Bob Perelman intitulado “China”, que embora não tenha uma escrita clinicamente esquizofrênica, tem um formato inexato, com frases que parecem flutuar. “Falsos realismos, eles são, na verdade, arte sobre arte, imagens de imagens”.
Jameson a fim de concluir seu artigo procura relacionar esses tipos de produção com a vida social nos Estados Unidos contemporâneo, nos lembra que os traços pós-modernos descritos também estiveram presentes na modernidade, portanto não precisaríamos de um novo conceito (o da pós-modernidade), pois as rupturas presentes não envolvem mudanças completas, mas principalmente uma reestruturação de elementos anteriores, os que foram secundários, agora seriam dominantes e vice-versa, portanto todos os traços descritos são encontrados em ambas as épocas, mudando apenas de posição hierárquica.
Os produtos de arte contemporâneos, em suas formas mais agressivas, como o punk rock e o material sexual explícito, têm sido consumidos pela sociedade com voracidade e comercializados com sucesso, o que não teria acontecido com as produções da época moderna. A produção de mercadorias, sejam roupas, móveis, casas etc, está agora associada às mudanças do styling, frutos da experimentação artística. Os clássicos modernos têm agora o seu lugar nas escolas e universidades, institucionalizaram-se, perderam seu potencial subversivo, são agora clássicos, peças de museu, fora de moda.
Constitui-se em nossa época uma nova espécie de sociedade, com novos tipos de consumo, caracterizados pelo aceleramento das mudanças da moda, há agora um padrão de indivíduo, a história tem perdido o seu sentido, não preserva o passado, vive-se um constante presente que é arrebatadoramente mutante, o tempo fragmenta-se em uma série de presentes perpétuos. A modernidade teria cumprido seu papel de crítica à sociedade, e a pós-modernidade que tem reforçado a lógica do capitalismo produzindo uma sociedade de consumo, teria ou terá alguma maneira de resistência? 
fonte:http://umapiruetaduaspiruetas.com/2011/04/11/pos-modernidade-e-sociedade-de-consumo/

domingo, 17 de agosto de 2014

crianças e a sociedade de consumo

Assim como os músculos, o cérebro também precisa ser exercitado, treinado, capacitado. Nós não nascemos virtuosos, nascemos egoístas, individualistas, até para que possamos sobreviver. Um bebê tem de chorar alto para poder ser visto, cuidado, notado. É também por isso que a natureza nos deu na infância essa coisa maravilhosa que é a espontaneidade, essa capacidade de criar e se divertir com o simples. 
Atualmente, as crianças ganham uma quantidade absurda de brinquedos e coisas. E muitas vezes à custa do endividamento da família. Só que a conta do consumo desenfreado, quando chega, gera violência, tristeza, estresse. Precisamos ensinar aos alunos que, além de o fato de ter tudo levar a não querer nada, com o “pede, pede, pede” estão contribuindo para o estresse dos pais. Eles devem aprender a pedir mais carinho e menos coisas. 
Hoje, temos tantas identidades, exercemos uma multiplicidade de papéis, que, se não tomarmos cuidado, acabaremos nos perdendo, sem saber de fato quem somos. Então, surge o efeito “manada”: fazemos o que todo mundo faz , sem qualquer reflexão. Ficamos sem saber o que vai ser do nosso futuro e morremos de medo. 
As propagandas nos vendem mil e uma coisas, enquanto os noticiários nos bombardeiam com notícias ruins. Na sociedade de hiperconsumo, a grande meta de muitos dos meios de comunicação de massa é tornar nossa vida negativa para que compremos tudo que nos vendem ou nos iludir com coisas que nos tornariam melhores. 
De acordo com Nicholas Carr, autor do livro “A Geração Superficial”, que explica o que a internet está fazendo com o nosso cérebro, estamos virando pessoas “panqueca”, que sabem de tudo, mas não sabem de nada, porque só vamos até a terceira linha dos textos que lemos na internet. E isso acontece com todos nós, não só com os alunos. 
Nesse processo, abrimos mão de coisas muito importantes, que são os valores, a sabedoria, a profundidade, o tempo. Ficamos o tempo todo na urgência. Mas podemos – e devemos – viver melhor. Devemos acreditar nas pessoas, que são falíveis, mas construídas no processo.
Todos podemos melhorar, não temos de ser perfeitos, mas precisamos ter compromisso com o empreendedorismo ético. As pessoas devem se comprometer a servir à sociedade, à família, à nação e ao mundo do melhor jeito que podem. Não queremos a perfeição, mas queremos a pureza de intenção.

texto escrito por Leo Fraiman

consumo- musica

Consumo

Plebe Rude

Tomei uma coca
cadê o sorriso?
Gastei dinheiro
e fiquei liso
Cale a boca e consuma
Cale a boca e consuma
você não tem o direito de dúvidar
Comprei de tudo
a prestação
o SPC
é o meu caixão
Cale a boca e consuma
Cale a boca e consuma
você não tem o direito de dúvidar
Consumidor
que não reclama
paga filé come banana
Cale a boca e consuma
Cale a boca e consuma
você não tem o direito de dúvidar

texto sobre o Capitalismo e a sociedade de consumo nos dias atuais:

texto sobre o Capitalismo e a sociedade de consumo nos dias atuais:


Nas últimas décadas houve um aumento significativo do consumo em todo mundo, provocado pelo crescimento populacional e, principalmente, pela acumulação de capital das empresas que puderam se expandir e oferecer os mais variados produtos, conjuntamente com os anúncios publicitários que propõe o consumo a todo o momento. Chamamos de consumo o ato da sociedade de adquirir aquilo que é necessário a sua subsistência e também aquilo que não é indispensável, ao ato do consumo de produtos supérfluos, denominamos consumismo. 

Para suprir as sociedades de consumo, o homem interfere profundamente no meio ambiente, pois tudo que o homem desenvolve vem da natureza, aqui nesse contexto é o palco das realizações humanas. Através da força de trabalho o homem transforma a primeira natureza (intacta) em segunda natureza (transformada). É a natureza que fornece todas matérias primas (solo, água, clima energia minérios etc) necessárias às indústrias. 
O modelo de desenvolvimento capitalista, baseado em inovações tecnológicas, em busca do lucro e no aumento contínuo dos níveis de consumo, precisa ser substituído por outro, que leve em consideração os limites suportáveis na natureza e da própria vida. 

O planeta já mostra sinais de esgotamento, um exemplo disso é a escassez de petróleo que é um recurso não renovável, e sua utilização corresponde a 40% da energia consumida no mundo, tendo em vista a sua importância no cenário mundial a situação é preocupante pois alguns estudos mostram que o petróleo existente será suficiente por mais 70 anos. 

Os problemas ambientais diferem em relação aos países ricos e pobres, a prova disso é que 20% da população é responsável pela geração da maior parte da poluição e esse percentual é similar ao percentual da população que possui as riquezas do mundo. Enquanto essa população vive em altos níveis de consumo, outra grande maioria, cerca de 2,4 bilhões de pessoas, não possui saneamento, 1 bilhão não tem acesso a água potável, 1,1 bilhão não tem habitação adequada e 1 bilhão de crianças estão subnutridas. 


fonte:http://www.mundoeducacao.com/geografia/o-capitalismo-sociedade-consumo.htm




-está charge tem a função de denunciar os altos preços dos combustíveis no país:






frases sobre a sociedade de consumo:

frases sobre a sociedade de consumo:
``O consumo é a única finalidade e o único propósito de toda produção.´´   
  -frase escrita pelo filosofo Adam Smith

``Eu me utilizo de todos os meios da Sociedade de consumo, penetro no Sistema, mas como um veneno.``
 -frase dita pelo famoso cantor e compositor brasileiro Raul Seixas

``Quando começou a comprar almas, o diabo inventou a sociedade de consumo.´´
-frase escrita pelo humorista e dramaturgo Millôr Fernandes


fonte:http://pensador.uol.com.br/frases_sobre_consumo/



quarta-feira, 7 de maio de 2014

A culinária de cada canto do Brasil !


A culinária brasileira é bem diversificada , cada região apresenta vários pratos diferentes de acordo com sua cultura. As culinárias mais visíveis são a de Minas Gerais e da Bahia , fato que leva até homenagem em feiras gastronômicas fora do Brasil.

Abaixo segue alguns dos pratos mais típicos de cada região:


Norte: Lá os pratos conhecidos incluem o picadinho de jacaré (prato feito com a carne do jacaré); o pirarucu de casaca, preparado com azeitonas, ovos e cheiro-verde; o tacacá; o açaí; o pato no tucupi, prato consumido geralmente na época do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, e a maniçoba.

Nordeste: Incluem a tapioca, o vatapá, a moqueca (ambos com frutos do mar e azeite de dendê), o baião de dois (feito de arroz e feijão, com diversas variedades, geralmente incluindo também carne seca, queijo coalho, manteiga da terra ou nata), o acarajé (um bolinho de feijões brancos e cebola fritado no azeite de dendê recheado com camarões, pimenta vermelha), o mugunzá (feito de feijão e milho - doce ou salgado, com lingüiça), caruru (quiabo e castanhas de caju, camarões, pimenta e alho), farofa, a paçoca, a canjica, pamonha, a carne-de-sol, a rapadura, a buchada de bode, o queijo coalho, o siquilho, o alfinim, a panelada, a maria-isabel, o carneiro cozido e a galinha à cabidela. No Maranhão, desenvolveu-se o cuxá com base em uma erva africana, a vinagreira, recebe ainda o caruru e a língua-de-vaca, outra erva. As frutas mais conhecidas são as mangas, mamões, goiabas, laranjas, maracujás, abacaxis, fruta-do-conde, e cajus (a fruta e a castanha), mas são muito consumidas também frutas mais exóticas, como o cajá, a seriguela, a cajarana, a pitomba e o buriti.

Centro-Oeste: Maria Isabel (carne seca com arroz ), o Pacu assado com farofa de couve, a carne seca com banana-da-terra verde, farofa de banana-da-terra madura além do tradicional churrasco pantaneiro que se desenvolveu pelas longas comitivas de gado no pantanal. O povo mato-grossense também aprecia o arroz com pequi, picadinho de carne com quiabo e a carne assada. Há ainda o Guaraná de ralar cujo costume é de tomar pela manhã, além do bolo de arroz e o bolo de queijo. Os doces e licores apreciados são o Furrundu (doce feito de mamão e rapadura de cana), o doce de mangaba, o doce de goiaba, o doce de caju em calda, o doce de figo, o doce de abóbora, e outros. Como aperitivo temos o licor de pequi, licor de caju, licor de mangaba, e outros. O pequi é um fruto muito popular na culinária do estado de Goiás, comido geralmente com arroz ou frango cozido. O milho verde é também o ingrediente principal de diversos pratos.

Sudeste: A Culinária desta região é muito variada tendo pratos das culinárias do Brasil inteiro como pizza, virado, frutos do mar, peixes, feijoada e até churrasco conforme cada região do Estado. Pão de queijo com café e uma garrafa de cachaça pequena são típicos de Minas Gerais. Além disso incluem milho, carne de porco, queijo minas, o feijão tropeiro, angu, o tutu à mineira, elaborado a partir uma pasta de feijão cozido misturado a com farinha de mandioca, guarnecido com ovos cozidos ou fritos, e linguiça frita. As quitandas mais apreciadas são biscoitos a base de polvilho, sequilhos, roscas, doce de leite, doces à base de laranja-da-terra, abóbora e mamão. No estado de São Paulo uma comida típica é o virado à paulista, o qual é feito com arroz, tutu de feijão (massa de feijão com farinha de mandioca), couve-de-folhas salgada e pedaços de carne de porco.  O prato local principal no Espírito Santo é a moqueca capixaba (a qual inclui principalmente peixe e tomates), além da Torta Capixaba, tradicionalmente servida na Semana Santa. Os pratos tem forte influência indígena, como o uso da banana-da-terra. No Rio de Janeiro, uma das comidas típicas é a feijoada.

Sul: No Rio Grande do Sul já é tradicional o churrasco. No estado de Santa Catarina é grande a utilização de peixes marinhos, camarões, e ostras. A comida tradicional do estado do Paraná é o barreado, carne cozida com legumes em panelas de barro, por vezes colocadas debaixo da terra para cozinharem sob o calor de lenha ou carvão, e comida com farinha de mandioca. Os pratos são sempre carregados de muita carne bovina e de vinhos, por conta da grande imigração italiana, que tem forte influência nos pratos.





Arte no pé , este é o Brasil !


Herança histórica e cultural
A competência brasileira nos campos é inegável, uma espécie de herança que começou nos anos 10, quando o esporte ainda estava nas mãos da elite, mas atraía multidões graças a craques como Arthur Friedenreich. O fanatismo pelo esporte e a massificação dele na mídia e no cotidiano de alguns torcedores alimentaram tanto a sua prática como a antipatia dos intelectuais pela bola. Da mesma forma, anarquistas e comunistas sentiam-se incomodados com a situação.
Na década de 1930, políticos como Getúlio Vargas souberam usar o fanatismo das massas em benefício próprio. “Getúlio apóia a profissionalização do futebol. E assim as vitórias nos campos passam a ser as vitórias da pátria”, explica o professor-doutor em história da USP, Flávio de Campos, que prepara um livro para falar das relações entre a política e o futebol.
Mas todo esse ufanismo sofre duro golpe na tragédia da Copa de 1950. Um dia antes da final contra o Uruguai, a concentração em São Januário ficou cheia de políticos. Todos desapareceram após a derrota em pleno Maracanã, por 2 a 1, de virada.
O maracanazo, como ficou conhecido o jogo, mudou drasticamente os rumos do futebol nacional. “É quando começa a haver um planejamento estratégico”, afirma Campos. Graças a Paulo Machado de Carvalho, que depois seria chamado de Marechal da Vitória, o Brasil embarcou para o título na Suécia com um médico, um psicólogo e até um dentista em sua comissão técnica.
Da periferia para o mundo
Nos anos 90, o Brasil começa a testemunhar o êxodo de seus jogadores para fora. O jornalista Paulo Fávero cruzou dados da Confederação Brasileira de Futebol e do Banco Central para o trabalho de conclusão do curso de geografia na USP, Globalização, Mercantilização e Geopolítica do Futebol. Fez constatações curiosas. Em 1994, ano do tetra nos EUA, os clubes estrangeiros desembolsaram 14,3 milhões de dólares em 207 jogadores brasileiros. Dez anos depois, a movimentação ultrapassou 102 milhões de dólares, com 849 atletas comercializados. “O Brasil é, sem dúvida, um exportador. Em 2006, o número deve aumentar ainda mais porque a Série B ganha cada vez mais visibilidade”, diz Favero. Em 2005, Portugal aparece como destino preferido dos craques, com 138 contratações, seguido por Japão, com 40, e a Itália, 34. O Vietnã, acredite, levou 30 jogadores brasileiros e aparece na frente da Grécia (28) e da Espanha, que com 24 empata com a Bolívia.
Ainda não se sabe qual será o reflexo do êxodo de jogadores para o futuro da hegemonia do futebol brasileiro, mas há indícios de que a desandada de craques para o exterior não é um bom sinal. Hoje em dia é mais fácil acompanhar jogos do campeonato espanhol e da Copa dos Campeões da Europa do que as fases decisivas do Brasileirão. Fenômenos como Robinho, que atraem a atenção de crianças de vários times, têm sido cada vez mais raros, uma vez que os jogadores embarcam para todos os lugares cada vez mais cedo. Essa relação com os ídolos chamou a atenção do bacharel em educação física Sérgio Settani Giglio, que prepara mestrado sobre o assunto. Sua primeira surpresa após ouvir alguns jogadores profissionais é que Pelé não foi nem sequer lembrado. “A figura do ídolo influencia a infância dos profissionais. É nessa época que eles aprendem a driblar e a copiar as jogadas de quem admiram”, afirma Sérgio. Isso começa a perder o sentido.





"Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa"

IGUALDADE RACIAL


Diversidade cultural

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diversidade cultural são  diferenças culturais que existem entre o ser humano. Há vários tipos, tais como: a linguagem, danças, vestuário e outras tradições como a organização da sociedade. A diversidade cultural é algo associado à  dinâmica do processo associativo. Pessoas que por algumas razões decidem pautar suas vidas por normas pré-estabelecidas tendem a esquecer suas próprias idiossincrasias (Mistura De Culturas). Em outras palavras, o todo vigente se impõe às necessidades individuais . O denominado “status quo” deflagra natural e espontaneamente, e como diria Hegel, num processo dialético, a adequação significativa do ser ao meio. A cultura insere o indivíduo num meio social.
O termo diversidade diz respeito à  variedade e convivência de idéias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente. Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um termo com varias acepções, em diferentes níveis de profundidade e diferente especificidade. São práticas e ações sociais que seguem um padrão determinado no espaço/tempo. Se refere a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e “preenchem” a sociedade. Explica e dá sentido a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período.